Músicas...

Há um certo tempo sem postar,
volto aqui inspirada em músicas que
passo a amar mais e compreender dia a dia...
O mais interessante das músicas
é que podemos interpretar das formas mais diversas.
Tudo vai depender do momento que estamos,
do que já vivemos ou mesmo dos nossos desejos conscientes
ou não que muitas vezes são tocados por versos...

As Aparências Enganam
Composição: Sérgio Natureza/Tunai

As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apaguese
a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são
O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação
Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.


Para quem gostou da música eu aconselho assistir Elis Regina interpretando muito intensamente cada verso... Em uma busca no Youtube acha-se fácil no especial "Por toda minha vida" da TV Globo...
Muito lindo e emocionante.


Como eu disse, a interpretação de cada música é bem pessoal e mutável...
A minha particularmente dessa música que acho mais que linda
se concentra nos quatro últimos versos...
" Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
No insistente perfume de alguma coisa chamada amor."

O amor enquanto energia...
enquanto força
que necessita de impulsos
e que ao mesmo tempo
é de natureza
absoluta,
inesgotável
e imcompreensivel...